26 de novembro de 2009

O Negro segundo Adriano Trajano

Reflexão sobre o material do pastor Adriano trajano

Amigo trajano!

Gostaria de fazer umas críticas ao seu pensamento.

Aos leitores desse blog uma informação: O que estiver entre aspas foi provenitne do email do Trajano e pode ser visto no www.pastoradrianotrajano.blogspot.com.

As críticas foram de minha autoria.

VAMOS LÁ!
"A lógica estar em não dá importância a cor, mas aos sentimentos, do sentir, do ser e do estar negro na história da humanidade."

CRÍTICA: Concordo com o sentimento, mas ninguém escolhe ser negro e muito menos estar negro, pois, por macis que eu ou você queiramos ser negros é difícil "estar" negro. Para você o que é estar negro? Estar negro merece um conceito. Eu nunca vou estar negro e muito menos você que é branco.

"Não acredita-se na existência de “negro” ou “branco” no Brasil, até porque compreende-se que o povo brasileiro é miscigenado por natureza, ou seja, um povo de almas em uma alma só."

CRÍTICA: Discordo em parte. Também é brasileiro o descendente de tudo e que ainda não se misturou aqui no nosso país (japonês, chinês, italiano, francês, etc. ...). O Brasil na verdade é um país tão esculhambado que chega a ser um país de todos, inclusive albergando com muito prazer o Cesari Battisti (lembra?). Há índios que não se miscigenaram.

CRÍTICA: Acorde meu rei, essa tal desta miscingenação foi criada para desviar o nosso foco do real problema (somos um povo só, somos todos brasileiros).CRÍTICA: Por que eu condordo em parte com você? Se você observar o padrão da mulher (nua se possível) nas revista playboy do mundo inteiro perceberá que as mulheres são diferentes mesmo, umas muit brancas, outras com olhos puchados, mas nenhuma tem a corzinha da pele igual a nossa. Ás vezes fico pensando sobre o "padrã brasileiro". Eu tive inclusive uma idéia maravilhosa para ciração de um site com isso (mas é segredo, agora só você sabe).

"Torna-se bastante cansativo discutir preconceito, discriminação e, cima de tudo, pintar cores, dá forma e tom ás questões de pele."

CRÍTICA: Prefiro ignorar essa.

"Crer-se que a discussão vai além dos trâmites documentais, dos movimentos diversos, do discurso caloroso e emotivo, dos víeis processuais e de alguns atos de vandalismos. Vai muito além, ultrapassa todos esses pressupostos históricos temporais."

CRÍTICA: Há movimentos que são altamente excludentes, inclusive uns dos outros. Você sabe disso né. Pois bem, isso é ser brasileiro. Mesmo em um movimento popular ainda há exclusão.

Gostaria de solicitar ao pastor Trajano um documento no blog explicitando o seguinte tema: Há exclusão nos movimentos sociais brasileiros?

"A criação de leis, de novas e difíceis nomenclaturas forenses, das mais variadas tentativas de inserção do ser negro nos currículos escolares, do mostrar-se ser pelo que lhe é peculiar por natureza, da força ao invés do diálogo em alguns casos e do estigma histórico usado e abusado pelos considerados “brancos”, não traz em seu arcabouço ideológico tanta importância assim."

CRÍTICA: As leis são para tapear a população como um todo. Cotas, por exemplo, são para "dar ao negro e ao pobre chance", não com certeza, as cotas são para ficarem livres das cobranças da educação do povo que parece não ter jeito da foprma como está. Educação integral talvez seria o melhor.

"Interessante notar que na maioria das vezes o pré-julgamento reencarnado e vigorado das forças dos ancestrais antepassados, prepondera sobremaneira no dito “negro” em relação ao outro ser dito “branco”."

CRÍTICA: O branco é superior ao nogro sim, porque tem dinheiro e não tem inteligência. Se tivesse inteligência, pelo menos emocional, faria o metiê com o negro para que ele se sentisse feliz sendo submisso. Ô branco burro!

"O foco discursivo não estar no fato de ser “branco” ou “negro” á semelhança de um quadro pintado com suas cores julgadas reais, mas endeusar a miscigenação, aglutinar os seres como criação em pleno estado de evolução."

CRÍTICA: Não acredito no que eu li!

"O enfado mental ultrapassa as margens dos livros didáticos, extrapola as laudas estatutárias e regimentais das ideologias emplacadas, regadas por um bom sedativo de marketing antiescravagista."

CRÍTICA: Por favor, traduza para o português para eu poder avaliar. Neologismo!
"A residência da depressão neurológica parte especificamente do querer ser e não do ser em questão. Torna-se bastante preocupante querer ser, ora, querer é desejar algo e, mais utopicamente, sonhar com o irreal. Discuti-se igualdade de raças, perdão! Falar em raça, negro ou preto, acarreta em processo, isto é o que diz a majestosa e bem teorizada lei."

CRÍTICA: Não tem jeito, lei é lei. Temos de engolir a lei.

"Discuti-se o fenômeno racial como matéria obrigatória nos guetos escolares na terra da Vera Cruz; discuti-se a igualdade de salários; discuti-se a comédia romântica das cotas; discuti-se também leis mais severas contra o preconceito, trocando em miúdos, uma gama de discussões carismáticas e acirradas transitam em todas as esferas da sociedade penta campeã em particular."

CRÍTICA: Concordo inteiramente.

"Ressalta-se nesse contexto uma inversão que diria-se atípica dos preâmbulos da “negritude”, pois ver no “Outro”, ou melhor, no “branco”, uma ameaça a cultura, um poço de preconceitos e discriminação, adversários ferrenhos na luta em busca da centralidade histórica, inimigo histórico-reencarnado e senhor do passado e do presente."

CRÍTICA: Senhor do passado e do presente, mas não senhor do futuro. O que o negro está fazendo para a construção do seu futuro? Gostaria de dizer que o negro é antes de tudo um forte.

"Compreende-se ser pessimismo e, por sua vez, identidade mal resolvida. O ápice constitui-se inversão dos fatos, pois acredita-se que a inerência da igualdade na criação supera as limitações ideológicas e imposições de cor sobre outra."

CRÍTICA: Realmente esta diferença de etnia mental ocorre somente na nossa cabeça, no funo somos apenas homosapiens.

"O pretexto da cor, pelo simples fato de refutar a cor branca, não exime o labor do preconceito, pelo contrário, fundem-se as declaradas “diferenças de cor”."

CRÍTICA: O negro também é preconceituoso consigo mesmo e com os brancos que às vezes são chamados de amarelos. O negro também aprendeu a pensar de forma preconceituosa. Atualemtne o preconceito é de todos.

"A miscigenação, inerência de igualdade e evolução da espécie humana, o conjunto de elementos químicos com suas vitalidades e a graça da transcendência do humano, fazem dissipar o olhar ofuscado e predador do dito “negro” com relação ao dito “branco” e vice e versa."

CRÍTICA: Concordo totalmente.!

"É preocupante a inversão da moeda racista pelo simples fato de querer ser e não ser propriamente dito. Catastrófico torna-se o labor do querer ser cor, pois a desigualdade histórica prova que a cor é apenas um dos elementos resultantes da celeuma racial."

"Em um país extremamente mestiço, eclético, místico, multiforme, em suma, miscigenado, querer impor uma convincente homilia em preto ou branco, é simplesmente afagar um ser em detrimento do próprio ser em constante evolução."

CRÍTICA: REspiramos oxigênio a 21% e não mais evoluimos corporalmente, pelo menos aos nossos olhos. A evolução deve ser cultural tanto do branco como do negro. Ambos temos de evoluir, crescer e ver que somos todos irmão em Cristo. O mais importante é perceber que só há salvação através da caridade.

Amigo Trajano obrigado pela oportunidade de poder rever meus conceitos.

Um comentário:

  1. Grande Timbó! Muito obrigado pelos belíssimos comentários. Fico extremamente feliz em saber que você tem acompanhado nosso blog. Bom, vamos ao que nos interessa nesse espaço que nos resta. Você diz Timbó: “Para você o que é estar negro? Estar negro merece um conceito”. Não acredito que devamos conceituar tudo, por que conceituar? Estou referindo-me não a melanina racial, mas simplesmente do ser, historicamente, considerado inferior pela maioria dita “branca”. Você diz: “Há índios que não se miscigenaram”. Desculpe minha ignorância amigo, há “raça pura” no Brasil? Não sabia dessa afirmação. Você diz: “...essa tal desta miscingenação foi criada para desviar o nosso foco do real problema...” Como provar isso Timbó? Um exemplo bem simples e popular, como você explica um filho de pai “negro” e mãe “branca”? Vale lembrar que tal filho é “branco”, olhos castanhos e cabelos apelidados de “pinchaim” e agora amigo? Qual o real problema? Acredito que não desviei o foco, lembra quando escrevi: “"O pretexto da cor, pelo simples fato de refutar a cor branca, não exime o labor do preconceito, pelo contrário, fundem-se as declaradas “diferenças de cor”."? Você ainda me pergunta amigo: “Há exclusão nos movimentos sociais brasileiros? Acredito que não apenas nos movimentos negros, mas em outros movimentos, por exemplo, a esquerda política do nosso país, é hegemônica? Não existe Timbó movimento hegemônico, você crê nisso? Você diz: “. Ô branco burro”! Não concordo, pois o foco não é dizer quem é burro ou inteligente, acredito que somos dotados da mesma massa cefálica. Você diz também: “Por favor, traduza para o português para eu poder avaliar. Neologismo”! Trata-se de um comportamento lingüístico espontâneo que nos cabe como seres pensantes, não achas amigo? Mas, cansei de tanto discurso antiescravagista, pois em muitos casos, o escravagista está bem perto de nós, esse é o perigo dentro da nossa própria casa ou movimento, entendes? Você diz:” mas não senhor do futuro. O que o negro está fazendo para a construção do seu futuro?” Não afirmei isso, aliás não explorei a questão escatológica não. Você diz: “O negro também é preconceituoso consigo mesmo e com os brancos que às vezes são chamados de amarelos. O negro também aprendeu a pensar de forma preconceituosa. Atualemtne o preconceito é de todos”. Não lembro de ter declarado isso, mas talvez, nosso texto deve ter aguçado um pouco mais sua mente, será? Você diz: “REspiramos oxigênio a 21% e não mais evoluimos corporalmente, pelo menos aos nossos olhos. A evolução deve ser cultural tanto do branco como do negro”. De fato não deixei claro que evolução é está, mas foi proposital, acredito que não paramos de evoluir. Pego um gancho na sua fala: “pelo menos aos nossos olhos”. Pois é, eis a dúvida. Uma coisa eu sei, tenho que evoluir muito nessa vida. Você diz: “Amigo Trajano obrigado pela oportunidade de poder rever meus conceitos”. Acredito que sua conclusão amigo Timbó, reflete a essência do texto que é a de rever conceitos. Que possamos usufruir de espaços como estes, para opinarmos acerca daquilo que pensamos e acreditamos. Mais uma vez, muito obrigado. Sim! Gostei muito do seu blog, interessante. Abração Timbó!

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