31 de outubro de 2009

Relato de caso

Relato de caso

INTRODUÇÃO
O povo precisa da polícia para manter a paz e garantir que existe segurança pública. Este caso foi real e se passou em Alagoas mesmo. Eu fui testemunha.

RELATO DO CASO
  • Era uma madrugada tranqüila, todos dormiam quando minha filhinha acordou chorando em uma crise de "laringite estridulosa" (tosse rouca, sem ar, cansada, angustiada, grau leve).
  • Tatiana, minha esposa, chamou-me para saber minha opinião sobre um carro que estava parado no meio da rua com os faróis acesos. Como eu estava entretido socorrendo minha filha não dei atenção ao fato.
  • Uma hora e mia depois e ainda pela madrugada resolvi olhar pela janela. O carro ainda estava lá.
  • Ficamos todos um pouco apreensivos porque a casa vizinha ao nosso apartamento estava desocupada, escura e com o mato já a altura das canelas.
  • Tatiana fez jus ao que todos dizem das mulheres baixinhas, ligou para a polícia e pediu ajuda, mesmo que fosse só para uma averiguação de rotina. Uns quarenta minutos depois a viatura da polícia chegou, mas o carro nem se mexeu do lugar.
  • Tatiana me implorou para que eu entrasse no apartamento, mas eu não poderia perder aquela cena de Hollywood e sai para a varanda.
  • Eram quatro policiais que iniciaram de imediato uma operação tática. Os dois, que estavam atrás, saíram e se progetaram atrás de dois postes, um em cada lado da esquina. O motorista, que parecia ter a maior patente, pegou algo como se fosse um microfone e o seu colega do lado desceu da viatura e apontou uma metralhadora para o carro suspeito. Esse último contava com a proteção da porta do carro que estava aberta.
  • Todos ouvimos:
  • - É a polícia! Saiam do carro com as mãos para cima. - Os passageiros da frente desceram rapidinho. Eram um homem, muito bem vestido, e uma mulher loira linda, por sinal. Parecia que estavam discutindo algo ou a relação matrimonial.
  • - Abram as portas traseiras e se afastem do carro lentamente. - Insistiu o oficial do alto-falante. Eles fizeram tudo bem calmamente e se afastaram do carro.
  • Os policiais que estavam nas laterais de rua se aproximaram do carro tão rapidamente que mais pareciam uns gatos dando bote em alguma presa, mas não havia nada. O carro foi revistado, mas não havia nada. Os passageiros baixaram os braços após a revista do motorista e tiveram que mostrar todos os documentos.
  • Depois de toda essa ação o policial do volante desceu e pediu desculpas pela abordagem. Em seguida pediu que saíssem daquele local justificando que a presença deles havia gerado medo aos moradores dos prédios do local devido a atitude estranha de discutor no meio da madrugada e no meio da rua.
  • Eu olhei de relance para o final da rua e lá já estava outra viatura esperando por alguma ação mais picante por parte dos passageiros do carro suspeito. Contando o número de envolvidos no incidente havia uns 8 policiais para 2 suspeitos.
  • Depois que tudo acabou Tatiana ligou para a polícia e agradeceu a excelente ação dos dedicados policiais.


CONSIDERAÇÕES FINAIS
Polícia realmente é para ladrão mesmo. Pela primeira vez senti orgulho da polícia alagoana. Eu vi um show de segurança pública. Infelizmente já estamos nos sentindo inseguros dentro de nossas próprias casas. A violência chegou a um estado tal que mesmo discutindo relação matrimonial passamos a ser suspeitos de algo.
A polícia merece aplausos, o governo merece vaias, pois, se os governantes quisessem imprimir uma onda de repressão ao crime, com certeza o fariam não forma na forma dessse verídico relato de caso como por meio de passos simples, como: melhorar a remuneração dos policiais, aumentar o contingente desses profissionais, maior número de presídios de segurança máxima, melhor fiscalização das fronteiras pelo exército e adoção de medidas promissoras de segurança pública adotadas em outros países.

Polícia é para bandido, o governo é para o povo e “o povo tem o governo que merece”.

Filme recomendado

  1. Tropa de Elite;
  2. Rota Comando.

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