O mito da caverna em cordel
Ao mito da caverna
Vamos dar iniciação
Estória interessante
Pra guardar no coração
Ela foi elaborada
Por filósofo Platão.
Ela foi contada
Na Grécia antiga
Para povos homéricos
Muito discutida
Difundida no mundo
E por todos aplaudida.
Platão reunia o povo
Para a estória contar
Na escola, rua ou esquina
Contava em qualquer lugar
Vamos ouvir atentos
Para a estória começar.
A entrada da caverna
Possuia elevado muro
Deixava tudo fechado
E o interior escuro
Somente fresta de luz
Iluminava este embrulho.
O povo d’ali só olha
Exclusivamente a frente
De costas para a entrada
Presos numa corrente
Todos imobilizados
Não pareciam gente.
A luz que brilha por lá
É de grande fogueira
Situada no fundo
Com paus de uma figueira
Projetando as sombras
Nessa grande empreiteira.
Objetos de fora
Criam uma imagem
Projetada no fundo
da caverna selvagem
Só se vêem as sombras
Faça chuva ou estiagem.
Os prisioneiros pensam
Que as sombras são vida
Igualmente a todos eles
Próximos da saída
Projetadas pela luz
Da fogueira combalida.
Situação horrível
Para qualquer idade
Não conseguem perceber
Projeções com claridade
Acreditam que sombras
São a mais pura verdade.
Um dos prisioneiros
Desta situação
Tenta de lá escapar
Usando a imaginação
Quebrando suas amarras
Com intensa emoção.
Produz um instrumento
Para usar na sua fuga
Usa nas dificuldades
Não parece tartaruga
Vencer adversidades
Até lágrima enxuga.
Vai na direção da saída
Pra liberdade buscar
Da situação do escuro
E felicidade achar
Quando menos espera
Está na porta a espreitar.
Num primeiro momento
Ele fica ofuscado
Cego, fecha seus olhos
De suor fica molhado
Encara o desafio
Para não ficar parado.
Seu deslumbramento
Foi magnífico fora
Ele vê e acredita
Em tudo sem demora
Titubeia e quer voltar
A caverna nesta hora.
A inquietação na hora
O faz querer retornar
Dizer tudo que viu
Para eles libertar
Nas consequencias pensou,
Mas decidiu confiar.
Os outros prisioneiros
Fizeram ali confusão
Disseram: -Ele mente!
Isto é tudo ilusão
Se ele continuar
Irá para detenção.
Muito triste ficou
Mas tentou continuar.
Os outros só sorriam
Começaram caçoar
Se ele não parasse
A vida iria lhe custar.
Com esta situação
Deprimido ele ficou
Tentou ainda mais
E ninguém lá despertou
Assim que ele pode
Da caverna escapou.
Quem vive na caverna
Não mede consequências
Sente alegria e prazer
No mundo das aparências
Realidade incomoda
Por causa das ciências.
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