8 de novembro de 2009

Aos anestesistas: Diabetes

Insulina perioperatória
Sempre pairou em mim uma dúvida em relação à anestesia para o diabético. Quanto de glicemia cada unidade de insulina teria a capacidade para reduzir no sangue e qual a melhor dose de insulina para a manhã da cirurgia?
Da forma como manda o “consenso” a conduta terapêutica seria fazer metade da dose habitual de insulina com infusão de solução com glicose nas cirurgias de pequeno porte e uma combinação de insulina e glicose por via venosa nos casos de cirurgia de grande porte. A uniformidade nem sempre dava certo, pois, alguns ficavam fora do “padrão” esperado.
Uma sugestão simples foi abordada pelo Van em um artigo publicado no Current Opinion in Anesthesiology por meio da utilização de fórmulas simples. A utilização destas novas formas de conduta devem ser amplamente testadas por todos os clínicos para testar a sua efetividade.
Um estudo (ACCORD) randomizou 10.000 pacientes com diabetes tipo 2 verificou que a mortalidade e os eventos cardiovasculares não diferiram entre ao pacientes com controle rigoroso da glicemia e aqueles com um controle mais liberal.

Literatura recomendada.
  1. Curr Opin Anesthesiol. 2009; 22:718-724.
  2. N Engl J Méd. 2008;358:2545-2559.

Fórmula dos 1800

Serve para saber quantos mg/dl sanguíneos decaem quando se usa uma unidade de insulina ultra-rápida por via subcutânea.

X = 1800/DDT

DDT, dose diária total.

Dose de insulina matinal (dia da cirurgia)

Serve para saber a dose de insulina que deve ser aplicada na manhã da cirurgia.

D = intervalo entre doses – horas de jejum / intervalo entre doses

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