26 de janeiro de 2011

O médico, a abulância, o jogador e o HGE!

Eu estava de plantão como médico responsável pela ambulância do jogo de futebol de um compeonato estadual. Fui chamado quase que aos gritos pelos colegas da ambulância porque um jogador havia caido, colidiu a cabeça no cimento do chão e estava convulsionando.
Corri de imediato.
Não vi convulsão, mas apenas movimentos involuntários devido, provavelmente, a "desaceleração cerebral". Entrou em quadro de concussão cerebral leve.
Eu elevei as pernas do jogador e esperei alguns segundos. 
Fomos à ambulância.
Durante o transporte ao hospital não houve necessidade de nenhuma conduta a mais porque o jogador melhorava a olhos vistos a cada minuto. Um dirigente do time estava a bordo e após conversarmos sobre o incidente eu disse:
- Vou levá-lo ao HGE porque ele precisa de tomografia de crânio.
- Mas pro HGE, será que não dá pra o senhor avaliar aqui mesmo?
- Não, vou levá-lo para o HGE.
Repentinamente o jogador levantou-se da maca como se fosse um felino e disse:
- HGE NÃOOOOOOOOOOOO! - Caiu de novo na maca.
A palavra HGE fê-lo ficar lúcido e preocupado, mas como era uma pancada na cabeça não aguentou, caiu novamente na maca e teve de ir ao HGE mesmo.
Começei a dizer vez ou outra a palavra HGE. E toda vez que eu dizia isso:
- HGE NÃOOOOOOOOOOOO! - E caia na maca.
Quando eu queria saber se ele estava bem. HGE! E ele não se fazi de rogado:
- HGE NÃOOOOOOOOOOOO! - E caia na maca toda vez.
Não sei porque este espanto do jogador porque quem não tem convênio ou mesmo quem o tem é levado ao HGE. Por quê será que toda vez que a palavra HGE era falada ele se revoltava comigo?

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