Nome: Maria;
Doença: Infarto agudo no coração;
Estado civil: solteira;
Local do evento: São Miguel dos Campos;
Idade: 45 anos;
Filhos: dois;
Hora da internação: 9:00 h.
Cheguei ao plantão noturno atrasado porque trata-se de um emprego no interior do estado de Alagoas.
Recebi a doente já com uma pequena quantidade de líquido no pulmão proveniente de complicação de sua doença de base (infarto), porém com a pressão sanguínea tendendo a ser normal, mas às vezes baixa. Segundo os livros um edema agudo de pulmão (líquido no pulmão), caso em questão, que não é acompanhado de pressão alta após um infarto não "cheira bem", recomenda-se preparar o terreno porque o pepino vai se apresentar. Esse pepino chama-se choque cardiogênico (um estado de falência orgânica devido a um péssimo funcionamento do coração).
Iniciei condutas médicas para tratar o tal do edema agudo de pulmão. Ela respondeu, mas parcialmente. Achei ruim por demais. O meu coração estava já a 130 por hora e o dela também.
Começei a rezar por mim e por ela pelo que estava por vir.
Passados alguns minutos ela apresentou um quadro de líquido no pulmão três vezes pior do aquele do início do plantão e de forma muito grave, questão de segundos ela piorava a olhos vistos.
Quando estava tudo indo de mal a pior e eu já com tudo preparado para realizar a respiração artificial e induzir o coma ela gritou:
- Vou morrer.
A sua dor no peito era tão intensa que os pacientes do terceiro andar correram para a janela.
Estranhamente o aparelho de ventilação artificial, que tem de ser testado antes de ser usado e nós já haviamos feito isso com sucesso, começou a falhar e a paciente a piorar cada vez mais.
Imediatamente antes de morrer ela disse:
- E agora, quem vai cuidar dos meus filhos?
Essa foi só uma das cenas que vi durante a minha vida demonstrando o amor incondicional da mãe para com os filhos. O amor que justifica nossa existência. O amor que somente Cristo pode compreender. É através deste amor que a humanidade deveria se unir, crescer, multiplicar o amor de Deus cada dia mais.
Deus é amor. Deus estava alí naquele momento. O anjo que guardava a paciente também, mas só Deus conhece as razões que nós não conseguimos enxergar.
Amar todos como se fôssemos uma única família. Isto é amar ao próximo.
Somente Deus e a paciente podem me perdoar por eu não ter conseguido ajudar mais esta minha irmã em Cristo neste momento de angústica.
O que eu desejo todo momento é que Deus esteja sempre conosco como esteve com esta senhora, mesmo que não consigamos sentir, ver, cheirar ou viver.
Recebi a doente já com uma pequena quantidade de líquido no pulmão proveniente de complicação de sua doença de base (infarto), porém com a pressão sanguínea tendendo a ser normal, mas às vezes baixa. Segundo os livros um edema agudo de pulmão (líquido no pulmão), caso em questão, que não é acompanhado de pressão alta após um infarto não "cheira bem", recomenda-se preparar o terreno porque o pepino vai se apresentar. Esse pepino chama-se choque cardiogênico (um estado de falência orgânica devido a um péssimo funcionamento do coração).
Iniciei condutas médicas para tratar o tal do edema agudo de pulmão. Ela respondeu, mas parcialmente. Achei ruim por demais. O meu coração estava já a 130 por hora e o dela também.
Começei a rezar por mim e por ela pelo que estava por vir.
Passados alguns minutos ela apresentou um quadro de líquido no pulmão três vezes pior do aquele do início do plantão e de forma muito grave, questão de segundos ela piorava a olhos vistos.
Quando estava tudo indo de mal a pior e eu já com tudo preparado para realizar a respiração artificial e induzir o coma ela gritou:
- Vou morrer.
A sua dor no peito era tão intensa que os pacientes do terceiro andar correram para a janela.
Estranhamente o aparelho de ventilação artificial, que tem de ser testado antes de ser usado e nós já haviamos feito isso com sucesso, começou a falhar e a paciente a piorar cada vez mais.
Imediatamente antes de morrer ela disse:
- E agora, quem vai cuidar dos meus filhos?
Morreu sem me dar chance de fazer mais nada.
Essa foi só uma das cenas que vi durante a minha vida demonstrando o amor incondicional da mãe para com os filhos. O amor que justifica nossa existência. O amor que somente Cristo pode compreender. É através deste amor que a humanidade deveria se unir, crescer, multiplicar o amor de Deus cada dia mais.
Deus é amor. Deus estava alí naquele momento. O anjo que guardava a paciente também, mas só Deus conhece as razões que nós não conseguimos enxergar.
Amar todos como se fôssemos uma única família. Isto é amar ao próximo.
Somente Deus e a paciente podem me perdoar por eu não ter conseguido ajudar mais esta minha irmã em Cristo neste momento de angústica.
O que eu desejo todo momento é que Deus esteja sempre conosco como esteve com esta senhora, mesmo que não consigamos sentir, ver, cheirar ou viver.
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