Eu estava no Armazem Guimarães comendo pizza com minha mulher e filha. No meio dos diálogos minha filha resolveu me pedir um brinquedo.
- Painho, eu quero uma boneca da Barbie.
Eu pensei um pouco e ponderei sobre o grande número de bonecas que ela já tem, ai resolvi dizer:
- Filha, agora não posso te dar porque é cara e não tenho dinheiro.
Subitamente ela saiu com a seguinte frase:
- Papai Noel pode me dar?
Nessa hora minha esposa abriu tanto os olhos que pensei que ela iria ter um infarto e minha filha ficou com um risinho sardônico. Desconfiei. Nada se modificou. Silêncio das duas e minha filha ainda com um sorriso discretíssimo, mas o garçon percebeu quando passou ao lado que uma situação por ali havia.
Nenhum assunto se seguia e elas continuaram olhando para mim. Resolvi interromper a cena deste filme dizendo:
-Filhinha, meu amor, papai Noel não existe.
Ela nem esperou que eu piscasse os olhos e disse rindo em tom bem mais alto:
- Eu sei, mamãe me contou quando eu tinha seis anos, mas era para ver se o senhor dava assim mesmo. O senhor sabe né, pedir não ofende. - E nesse momento as duas riram como duas amigas e adultas. A mãe achou lindo só não teve coragem de elogiar a filha na minha frente, mas seu sorriso foi percebido por todo Armazem Guimarães como se tivesse dado uma medalha de ouro a filha, sabe, aqueles momentos em que um pai diz "esse é meu filho!".
Meu Deus, em que mundo estamos? Um complô contra mim. Mas mulher é assim, sempre foi ardilosa no relacionamento com os homens, e os exemplos são muitos: Eva, Dalila, Cleopatra (a mais famosa), Rosa Maria, etc. E nós soremos sempre como jogos em primeira pessoa manobrados pelo internauta.
Pobres de nós, Deus tenha pena.
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