11 de agosto de 2010

O sudário de Turim




O Santo Sudário é o lençol mortuário de Jesus Cristo que supostamente o envolveu após sua morte. Ele foi entregue primeiramente a Virgem Santíssima, depois aos apóstolos e depois só reaparece na História em 1356.  A quem foi dado o Santo Sudário até esta data? Acredita-se que uma relíquia descrita como venerada em Bizâncio seja o sudário que ficou guardada para exposição apenas do rosto contido nele. Este pano serviu para estimular a arte bizantina da época.
O tecido possui algumas fibras de algodão que não eram cultivadas na Europa na Idade Média. O botânico israelense Uri Baruch analisou o pólen achado no Sudário e concluiu que ele provém de plantas que só podem ser encontradas numa única localidade do mundo: a região de Jerusalém. E numa única época do ano: os meses de março e abril. Um desses pólens corresponde à espécie Gundelia tournefortii, que, segundo os especialistas, teria sido utilizada na confecção da coroa de espinhos. 
A imagem do negativo fotográfico do manto foi vista pela primeira vez na noite de 28 de Maio de 1898 através da chapa inversa feita pelo fotógrafo amador Secondo Pia que recebeu a permissão para fotografá-lo durante a sua exibição na Catedral de Turim.
As análises com carbono XIV revelaram idades entre os séculos XIII e XIV, ou seja, no intervalo 1260-1390. A margem de erro chega a ser de 0,4% a depender da idade do material analisado. No dia 3 de dezembro de 1532 houve um incêndio que danificou o tecido e produziu-lhe marcas simétricas que permanecem até hoje. Em virtude disso houve a necessidade de remendos do material. Alguns atribuem ese desvio de datação a contaminação bacteriana e outros aos remendos feitos aos danos, mas os católicos contestaram veementemente o teste apesar da Igreja Católica não ter emitido opinião acerca da autenticidade desta relíquia.
Os responsáveis pelos estudos de sangue no Sudário são John Heller e Baima Bollone, que comprovaram a presença de hemoglobina, ferro, proteínas, porfirina, albumina e sangue tipo AB, fator RH positivo na trama do Linho.
Pierre Barbet, cirurgião do hospital Saint-Joseph,s narr de Paris, e outros especialistas em anatomia e medicina legal estudaram exaustivamente essas marcas e concluíram que elas correspondem, nos mínimos detalhes, às narrativas sobre a flagelação, morte e sepultamento de Jesus que aparecem nos Evangelhos.
A face de Jesus não é ainda conhecida e pode ser desenhada como bem entendermos: branco, negro, índio, amarelo, etc. Podemos ver Cristo como quisermos. Existe um lenço que cobriu a face de Jesus após sua descida da cruz conhecido como Sudário de Oviedo cujas marcas de sangue conferem com as marcas da face de Jesus do Sudário de Turim, mas que não permite identificar como era exatamente a face de Cristo. A culpa pode ser atribuída aos judeus que não permitiam a produção de retratos para evitar idolatrias na época. Esperamos um dia poder ver ou sentir Cristo nem que seja na outra vida depois desta. Os pesquisadores americanos Kenneth Stevenson e Gary Habermas calculam que ele tinha entre 30 e 35 anos, aproximadamente 1,80 m de altura e 79 kg de peso.
A nós pobres mortais só resta a visão do Santo Sudário que está na Cappella della Sacra Sindone do Palácio Real de Turim (Itália), desde cerca de 1578. A peça agora está no Vaticano e foi exposta em 2000. A próxima exposição está marcada para este ano de 2010.

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