"Cheirinho" é o termo que os médicos utilizavam para descrever a "anestesia geral inalatória" com um medicamento muito especial chamado "halotano". O termo "cheirinho" se consagrou porque se utilizava uma máscara facial para administrar a anestesia com vapores anestésicos (parecido com gás) e por meio dela se fazia tudo que era necessário para garantir a ausência da dor.
O "cheirinho" era muito bom no passado porque permitia fazer anestesias pediátricas sem nem precisar de uma veia para administração de medicações, porém havia o risco elevado e iguinorado de ocorrer uma parada cardíaca súbita devido a overdose do fármaco. A criança é muito sensível a tudo, inclusive ao halotano, e apresentava parada cardíaca sem nem dar sinal prévio de nada. Não sei como conseguiu se consagrar ou se banalizar com tanta facilidade uma técnica anestésica tão perigosa da forma como era administrada no passado.
Eu tive dois casos de parada cardíaca pediátrica sem nenhum sequela para os doentes: uma foi na Santa Casa de Misericórdia de Maceió e a outra foi numa clínica em Salvador no Largo de Roma. Se fosse um "cheirinho" era só passar um perfuminho no rostinho e tudo estaria certinho. Ainda ontem uma mãe me procurou para saber como era esse cheirinho que a pediatra não conseguiu lhe explicar e muito menos eu. A mãe quase não deixava a criança ir a tomografia quando entendeu que não existia mais o "cheirinho".
Eu tive dois casos de parada cardíaca pediátrica sem nenhum sequela para os doentes: uma foi na Santa Casa de Misericórdia de Maceió e a outra foi numa clínica em Salvador no Largo de Roma. Se fosse um "cheirinho" era só passar um perfuminho no rostinho e tudo estaria certinho. Ainda ontem uma mãe me procurou para saber como era esse cheirinho que a pediatra não conseguiu lhe explicar e muito menos eu. A mãe quase não deixava a criança ir a tomografia quando entendeu que não existia mais o "cheirinho".
Os novos fármacos surgiram e "esta técnica", vem sendo gradativamente abandonada, mas alguns colegas ainda insistem em banalizar a anestesia geral inalatória e continuam insistindo no termo "cheirinho".
Gente, o cheirinho acabou, liguem-se na evolução da anestesia porque o mundo evoluiu e a anestesia também.
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