18 de abril de 2012

Literatura de cordel


Literatura de cordel



A leitura de cordel
Começou em Portugal
Belas estórias escritas 
Penduradas no varal
Eram muitos autores
Chegava a ser carnaval

No século desessete
Ao Brasil chega o cordel
Na cidade Salvador
O sucesso no papel
Todos apreciavam
Até mesmo no bordel

Literatura cresceu
Aqui no nosso nordeste
Só poderia escrever
Aquele cabra da peste
Logo logo fez sucesso
Até mesmo no sudeste

Poucos que apreciam
Esta arte não erudita
Precisamos divulgar
Se não fica esquisita
Escrever um bom cordel
É coisa muito bonita

Duas coisas importantes
Para o cordel escrever:
Abrir a sua cabeça
Não precisa saber ler,
Preprarar o coração
Pra começar a fazer

Seja vozmecê também
Escritor de bom cordel
Pegue qualquer caneta
E um pedaço de papel
Escreva de coração
Não rabisque tão cruel

Quando você começar
Não faça uma confusão
Escreva bem de vagar
Com a caneta na mão
Não queira nunca parar
Para não perder tesão

Grande literatura
Em vozmecê espera
Não faça cara dura
Porque você supera
Cordel não é queimadura
É coisa da nova era
Você não durma no ponto
Escreva com firmeza
Não será uma moleza
Para não ficar tonto

Se não tiver papel
Não precisa sentir dor
Escreva seu cordel
Em seu computador

Eu quero agradecer
A você e a todo que leu
Escrever algum cordel
Vozmecê já entendeu
Mas se você não quiser
A tentativa valeu
Foi grande a investida
Jesus Cristo compreendeu.

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