Andando pelas ruas, vejo pessoas deitadas nas calçadas, debruçadas no vício de seus desejos distorcidos, pele própria ansiedade de encontrar o sentido da vida. Jogados ao vento pelo repleto vazio, numa condenação do mais baixo nível da existência. Todavia, as vejo com os outros olhos, olhos que percebem o valor inserido pelo eterno Deus. Onde Seu Amor me chama de filho. E ainda, Seu Amor é concreto e não abstrato, pois é sabido que sou carente desse Amor e que, somente Deus pode preencher.
Doravante, a resiliência se faz permanente nos acontecimentos indesejados. Entretanto, a ausência de problemas não configura paz. À medida que as dificuldades me encontram, busco no valor da fé, a força e o poder de Deus em minha vida.
Não entendo tanto amor. Contudo, procuro o máximo do bem viver para agradecer a dádiva de minha existência. Somos todos substantivos de nossas escolhas e não verbos intransitivos, incompletos, orações subordinadas como artigos indefinidos que não definem sua vontade. Precisamos ser pronomes que participam de uma vida mútua. Por conseguinte, os advérbios não nos ajudam, pois são invariáveis e inexoráveis, indicam circunstâncias que não impulsionam uma saída da inércia do próprio desconforto de sua miséria. Como pode uma pessoa insistir numa aliteração, repetindo ações onde não procura um recurso que possibilite uma forma, com efeito de som agradável a si mesmo? E na interjeição exclamar: Deus me ama! Sou capaz de amar-me! Olhando para os meus semelhantes que é também frutos do amor de onde fui gerado. Engendrado na vitória presa da liberdade de ser feliz com Deus. Jesus é uma prisão libertadora e não uma cacofonia com som pejorativo, mas sim, Ele está inserido a minha racionalidade de perceber, o quanto sou relevante e livre para escolher o inaudito, extraordinário de Seu amor por mim.
Quando chegar a hora da plenitude, seremos deus com Deus, nossas imperfeições serão transformadas em perfeição que não sucumbirá. Seremos tudo em Deus e Deus, tudo em nós. Pois somos uma obra prima do perfeito insondável pintor da criação. Que se faz morada no íntimo de nossa racionalização.
SILVA, Genival da. Na gramática da vida. 2010
genvalsilva@hotmail.com
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