Estafa profissional

A síndrome da estafa profissional, também denominada Síndrome do Burnout (do inglês, to burn out, quimar-se por inteiro), foi descrita pela primeira vez pelo psicólogo H.J. Freudenberger no ano de 1974, para descrever um sentimento de fracasso e exaustão causado por um excessivo desgaste de energia, força e recursos.

A síndrome da estafa profissional é um estado de exaustão psíquica que está intimamente relacionada a vida profissional. Os sintomas são variados, porém os mais comuns são: dores na cabeça, tontura, tremor, sensação de falta de ar, respirações ofegantes, oscilações de humor, distúrbios do sono, dificuldade de concentração e  problemas digestivos. 

A síndrome da estafa constitui um quadro psíquico bem definido que se caracteriza por exaustão emocional, pela despersonalização e por redução da realização pessoal. A exaustão emocional representa o esgotamento dos recursos emocionais do indivíduo. É considerado o traço inicial da síndrome e decorre principalmente da sobrecarga e do conflito pessoal nas relações interpessoais. A despersonalização é caracterizada pela insensibilidade emocional do profissional, que passa a tratar clientes e colegas como objetos. Trata-se de um aspecto fundamental para caracterizar a síndrome de estafa, já que suas outras características podem ser encontradas nos quadros depressivos em geral. A redução da realização pessoal, ou seja, o sentimento de incompetência, revela uma auto-avaliação negativa associada à insatisfação e infelicidade com o trabalho.

O Maslach Burnout Inventory é um questionário para avaliação da Síndrome de Burnout que é o mais utilizado mundialmente no meio das pesquisas. Foi inicialmente publicado por Maslach e Jackson em 1978 e traduzido e validado em português por Tamayo em 1997.

Trata-se de um questionário de 22 perguntas, com cinco opções de resposta. As respostas possíveis são:
1 - Nunca
2 - Algumas vezes ao ano
3 - Algumas vezes ao mês
4 - Algumas vezes por semana
5 - Todos os dias

As questões sobre a exaustão profissional são:

1. Sinto-me esgotado/a ao final de um dia de trabalho.
2. Sinto como se estivesse no meu limite.
3. Sinto-me emocionalmente exausto/a com meu trabalho.
4. Sinto-me frustrado/a com meu trabalho.
5. Sinto-me esgotado/a com meu trabalho.
6. Sinto que estou trabalhando demais neste emprego.
7. Trabalhar diretamente com pessoas me deixa muito estressado/a.
8. Trabalhar com pessoas o dia todo me exige um grande esforço.
9. Sinto-me cansado/a quando me levanto de manhã e tenho que encarar outro dia de trabalho.

Faça você mesmo um pequeno teste e responda estas 9 questões. Será rápido. Por exemplo: se ao ler a questão '1.Sinto-me esgotado/a ao final de um dia de trabalho' você achar que isso ocorre todos os dias, então você marcou 5 pontos e assim sucessivamente com todas as questões até o final. Ao final some toda pontuação. O respondente deve ter menos de 19 pontos para descartar a possibilidade de ser um provável portador da síndrome.

Faça seu teste e procure alguém caso você precise. Não tenha depressão no seu trabalho, procure fugir do Bournout. Busque atividades de lazer. Maceió será a capital nordestina da corrida, participe também. Fuja em direção a sua satisfação.

TAMAYO, M. R.; TRÓCCOLI, B. T. Construção e Validação Fatorial da Escala de Caracterização do Burnout (ECB). Estudos de Psicologia, v.14, n. 3, p.213-221, set/dez. 2009.
TIRONI, M. O. S. et al . Trabalho e síndrome da estafa profissional (Síndrome de Burnout) em médicos intensivistas de Salvador. Revista da Associação Médica Brasileira, São Paulo, v. 55, n. 6, 2009.
TUCUNDUVA, L. T. C. M. et al . A síndrome da estafa profissional em médicos cancerologistas brasileiros. Revista da Associação Médica Brasileira, São Paulo, v. 52, n. 2, abr. 2006.